terça-feira, 5 de abril de 2011

Os caminhos são circulos

Retomei o meu caminho. Não porque tivesse deixado de andar, mas porque caminhara em outras direções. Mas todas elas, para surpresa minha, me conduziriam, tempos depois, ao mesmo ponto de partida. A mim mesmo. E ao parar para refletir a respeito eu me deparo com a verdade dos fatos. Não digo apenas A Verdade, mas a verdade dos fatos. O sentido exato, a medida certa, o que fica devidamente comprovado, medido e regulamentado. Aquilo que acaba sendo a nossa consciência a respeito de cada assunto. A Verdade, em si, é a consciência que temos de cada coisa. E quando me referi que retomava o meu caminho é porque eu sempre caminhei. Porém a Vida é e sempre será a reunião de pessoas e circunstâncias que dão sentido à nossa razão. O louco não se dá conta da Vida porque está numa faixa mental onde Vida e Não-Vida são a mesma e única coisa. Não peço nem quero que concorde comigo. Não estou aqui para buscar o aval de ninguém. O registro histórico deste momento é o que tem lógica para mim. O instante seguinte poderá ser exatamente o oposto de tudo isso a que me referi. Assim, compreendo que os caminhos que tomamos formam circulos que vão se expandindo, mas sem perder o prumo, a forma e o sentido geométrico do movimento. Não somos nem melhores nem somos piores do que fomos ontem. Somos apenas a consequência de pensamentos e atitudes, de reflexões e raciocínios que, a trabalhar de forma continua e minuciosa, não dão chance a que a mente possa ficar ociosa ou parada. Se melhoramos, ótimo! Se pioramos, que fazer? Certamente o ônus dessas duas ações acabam por se refletir na própria vivência. Os caminhos podem ser suaves como podem ser acidentados e irregulares. A Vida pode ser um heavy metal como um concerto bachiano. Aliás ouço Von Karajan, Concerto "A Primavera" de Vivaldi. Antes ouvira Apocalyptica com Nothing Else Matters. Ou Eric Clapton com Holy Mother. Ou apenas um profundo silêncio, ouvindo os zumbidos em meus ouvidos, como moscas presas a bater contra a vidraça.


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